Alô bambuzeiros,
Foi eleita em assembléia geral ordinária no dia 22/dez a nova diretoria da BambuSC para o triênio 2009 – 2011, assim composta:
Presidente Marcos da Silva Marques
Vice-presidente Carlos Eduardo Radaik
1º Secretário Hans Jürgen Kleine
2º Secretário Ari Laércio Boehme
1º Tesoureira Sumara Lisbôa
2ª Tesoureira Marlene Aparecida Ferraz
Conselho Fiscal Rodrigo Primavera
João Adilson Lenczuk
Guilherme Francisco Zucatelli
Suplentes Dóris Pereira Carneiro Cury
Gilmar Assis Telles
Karina Signori
Ao mesmo tempo que comemora a renovação parcial de seu quadro diretivo, a BambuSC deseja a todos os bambuzeiros um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de realizações.
Saudações bambuzeiras.
HJKleine
Monthly Archive for dezembro, 2008
O aluno Guilherme Carrijo de Souza, do Curso de Engenharia Mecânica da Unesp de Bauru, foi um dos vencedores do Prêmio Odebrecht 2008, dentro da temática:
“Contribuições da Engenharia para o Desenvolvimento Sustentável”, sob a
orientação do Prof. Dr. Marco Antonio dos Reis Pereira, do Departamento
de Engenharia Mecânica. Veja detalhes no link abaixo:
http://www.odebrecht.com/premioodebrecht
Tema: Utilização de Recursos e Materiais na Construção
Título do projeto: Construção de Oficinas-Escola em Bambu e a
Transferência do Conhecimento no Desenvolvimento de Produtos em Bambu com vistas a Inclusão Social.
Sabe aqueles anúncios sobre toalhas, colchões, camisetas, meias, cuecas e outros objetos feitos com a natural e ecológica fibra de bambu? Eles estão sendo divulgados há algum tempo como uma novidade no mercado de moda do mundo inteiro e mais recentemente também no Brasil. Os produtos em geral são fabricados na China, ou em algum país do Sudeste Asiático. Você talvez até já tenha comprado e usado um desses produtos e comprovado a maciez, o conforto e outras vantagens deste tipo de tecido. É verdade que ele custa mais caro do que outros tecidos concorrentes, mas em compensação se trata de um produto ecológico, não é mesmo?
Infelizmente não é assim. A tal fibra têxtil de bambu é uma fraude, que consegue iludir muita gente bem intencionada, pois se trata na verdade de fibra de viscose, que é vendida com o nome de fibra de bambu. Acontece que as fibras naturais do bambu são realmente muito curtas, da ordem de apenas 2 a 6 mm, e não podem ser usadas como fibra têxtil, que requerem fibras com no mínimo 30 mm de comprimento. Porém, através de um processo químico de elevado risco ambiental é possível transformar as fibras de bambu em um fio sintético conhecido como fibra de viscose. O processo é conhecido há mais de um século, fez muito sucesso no passado e é pouco usado atualmente pelo fato de envolver o uso de um produto tóxico chamado dissulfeto de carbono. A China produz viscose a partir do bambu e comercializa os tecidos feitos com viscose como se fosse fibra de bambu, aproveitando o apelo ecológico e natural do mesmo.
No resto do mundo o bambu e suas características são pouco conhecidas e estudadas e por isso tantas pessoas se deixam iludir. O pior é que elas pensam estar contribuindo para um meio ambiente melhor. Quem faz o alerta é o químico Hans J. Kleine, de Florianópolis, fundador e atual membro da diretoria da BambuSC, Associação Catarinense do Bambu, entidade que tem por objetivo implantar a cadeia produtiva sustentável do bambu em Santa Catarina. Ele tem longa atuação no setor de celulose e papel e conhecimentos específicos sobre a produção de viscose, que é um subproduto da celulose.
Artigo publicado em 29.07.08 www.blogdoplaneta.globolog.com.br a pedido da jornalista Thaís Ferreira da revista Época.